Se o silêncio tivesse uma cor dentro da tua paleta, qual seria — e por quê?
Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim
O silêncio é uma coisa que não se sente, ao mesmo tempo que é uma coisa que não se vê. Mas se a gente pudesse ver o silêncio, que cor ele poderia ter? Na minha paleta de cores, eu tenho cores que representam a rotina, o meio do ano e o fim do ano. Elas são cores que comunicam, são cores que dizem, são cores que representam momentos e estados de espírito em diferentes épocas do ano, e que eu quis deixar traduzido na forma das paletas sazonais. E em comum, essas paletas têm tons de preto, branco e cinza, presentes em todos os momentos, porque não importa a época do ano, há um elo que une todas as cores: o que a gente diz, o que a gente faz, com o que a gente se identifica.
É, eu poderia dizer que seria o preto, o branco, mas eu estaria sendo contraditório, e não fazia sentido que nenhuma dessas duas cores expressasse o silêncio. Isto porque este texto é lido e escrito em um fundo branco e letras pretas, mas se você estiver lendo este site no modo noturno, em fundo preto e letras brancas. E não importa qual a paleta de cores que eu vá apresentar, o modo com o qual eu me comunico com vocês não muda. É representado pelas mesmas cores. Então, como essas cores poderiam expressar o silêncio se é por meio delas que eu deixo escrito os meus pensamentos? O silêncio está exatamente no meio-termo, porque eu posso dizer tudo com o que está em todas as pontas.
E se eu misturar o preto e o branco e dizer que seria cinza? Uma das cores que mais expressa o invisível? Em um fundo preto ou branco, o cinza mal conseguiria ser enxergado. Você faz um esforço para tentar ler, mas não consegue. É mais ou menos assim que eu queria ilustrar como o silêncio pode falar: você pode escrever um monte de coisas, mas ninguém vai conseguir enxergar, poucos vão saber decifrar. É sobre como o silêncio pode ser enxergado e que exemplo você pode dar para ilustrar. No simbolismo, o cinza também pode indicar falta de emoção ou monotonia, conceitos ligados ao silêncio em sua forma mais neutra e contemplativa. E é por isso que quando eu “enxergo” o silêncio, o vejo como um grande cinza infinito.
Quanto mais próximo do tom de fundo, mais você consegue enxergar o silêncio que existe no meio do que é cinza. Tons de cinza claro formam uma base suave que transmite relaxamento e equilíbrio, lembrando ambientes calmos e tranquilos. O cinza traz um efeito de serenidade, sendo usado para criar uma sensação de paz e estabilidade mesmo em meio ao caos, ajudando a aliviar o estresse e oferecendo um refúgio acolhedor. O cinza passa uma sensação de compostura, firmeza e maturidade, e muitas vezes é visto como uma cor estática, reforçando a ideia de silêncio e calma. Em diversas tradições, está associado à meditação e à reflexão, momentos de profundo silêncio interior.
O cinza que consegue interpretar sem dizer uma palavra, o cinza que tudo consegue dizer quando não se consegue dizer nada, o cinza que ilustra a ausência, o que não faz barulho, o que não representa ausência, porque o silêncio pode até ser o oposto do barulho, mas não representa de um contexto completo a ausência. O silêncio é cinza. É a cor mais difícil de enxergar. A cor para quem não consegue enxergar as cores. É a representação do que a gente vê na nossa alma, e que a gente consegue interpretar, mesmo que a gente não encontre palavras para traduzir o significado daquilo que se quer dizer, mesmo que a gente não queira dizer absolutamente nada.
#SetePerguntas
O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.












